quinta-feira, 31 de maio de 2007

História - Difusão e Perseguição do Bön


Depois da partida, falecimento, de Shenrab Miwoche, seis tradutores de excelente qualificação e que receberam instrução do sucessor de Tönpa Shenrab, um dos seus filhos, de nome Mucho Demdrug, traduziram os Ensinamentos Bön para os seus próprios idiomas. Estes seis foram Mutsa Trahe do país de Tazig, Trithog Partsa de Zhang Zhung, Guhu Lipa de Sumpa, Lhadag Ngagdol da Índia, Legtang Mangpo da China e Serthog Chejam de Trom.


Assim a integridade total dos Ensinamentos de Tönpa Shenrab Miwoche, o Yungdrung Bön, espraiou-se pelo mundo a partir de Olmo Lung-ring, através de “Três Portas”; Sendo uma delas a própria exposição dos Ensinamentos em Tazig, outra surge a partir de Zhang Zhung e a ultima localiza-se no Tibete devido à disseminação do Bön Eterno nesse território, e ao seu firme estabelecimento no longo “plateau” tibetano.


Ouve todavia Ensinamentos, que tendo origem no país de Tazig, foram introduzidos directamente no Tibete, outros só ai chegaram provenientes principalmente de Zhang Zhung, mas também da Índia e da China. Tendo aqueles que chegaram via Índia ficado conhecidas por Gyagarma e contêm todos os ciclos dos Nove Veículos do Tesouro Central.


O Reino de Zhang Zhung
Todavia, ao que parece, a maior parte da literatura Bön foi traduzida a partir do idioma de Zhang Zhung. Assim, alguns textos passaram por uma tradução tríplice, desde o Tazig, para a linguagem de Zhang Zhung e dai para a língua Tibetana.


Hoje em dia não restam quaisquer dúvidas que a importância do Reino de Zhang Zhung foi fulcral para a difusão e expansão do Ensinamento Yungdrung Bön.


Para uma compreensão clara do desenvolvimento e propagação do Bön Eterno, é muito útil entender que o Reino de Zhang Zhung existiu enquanto estado independente até ao oitavo século da era cristã; os seus habitantes falavam um idioma burmeo-tibetano e possuíam um sistema de escrita. Este reino era governado por uma dinastia de reis que teve o seu fim no referido século, quando o ultimo monarca, o Rei Ligmincha, foi assassinado pelo rei do Tibete e Zhang Zhung anexado ao território tibetano.


Zhang Zhung, na sua época, cobria aquilo que actualmente se conhece como Tíbete ocidental e a sua área fazia fronteira a oriente com Khyunglung Nulkhar e Dang-ra khyung-dzong, com Tzang ao sul e Kashmira a ocidente; sendo o seu centro localizado entre o famoso Monte Kailash e o Lago Manasarovar Aonde na actualidade existe O Vale de Khyung, a sudoeste do Monte Kailash, era a capital do Reino, Khyunglung Nulkhar, «O Palácio Prateado do Vale do Garuda».


Apesar de Zhang Zhung, historicamente, se localizar no Guge (Tibete ocidental), o seu domínio expandia-se até ao Tibete central e oriental. Os governantes de Zhang Zhung, em princípio, não exerciam um grande controlo sobre essa região, além da cobrança de impostos, e deste feita a cultura e civilização zhangzhungpa, baseadas na Tradição Bön, premiaram plenamente tudo o que conhecemos como o actual Tibete.


Nesta era, existem evidências de que, o nome do Reino seria apenas «Zhung»; que equivale à palavra tibetana «Khyung», em “Português” «Garuda».


O Reino de Zhang Zhung e o Tibete
Foi no período subsequente do desenvolvimento e difusão do Bön, que nasceria uma pequena monarquia no Tibete central, dando origem á dinastia Yarlung. Seria esta monarquia que daria o alicerce ao futuro império tibetano. Que apesar de ser um reino independente, a sua cultura, costumes e religião eram plenamente zhangzhungpa.


E segundo os livros de história, durante cerca de trinta e três gerações da monarquia tibetana, desde Nyatri Tsenpo até Songtsen Gampo, 649 d.c., a religião oficial era o Bön. Todos os reis se faziam acompanhar de Lamas Bönpo, que eram fundamentais para preservar o prestígio real, assegurar a prosperidade do povo; inclusive o nome dos reis tibetanos era atribuído pelos sacerdotes Bön e na linguagem de Zhang Zhung.


Em certos períodos, repetidamente, os reis tibetanos rebelaram-se contra o poder dos Lamas Bön, que logicamente defendiam mais os interesses do Reino de Zhang Zhung do que do estado de Yarlung. Já o oitavo rei do Tibete, Trigum Tsenpo, no primeiro século da era cristã, procurara suprimir a influencia dos bönpo, pois temia que a sua recente dinastia fosse destruída devido a uma conquista por parte de Zhang Zhung. Assim, exilou os Lamas Bön e aplicou uma forte repressão aos restantes mestres. A sua repressão não teve longa duração; com a ascensão ao trono de Pude Kungyel, o seu sucessor, o Bön foi restaurado no país. O oitavo rei não conseguiu assim perpetuar os seus intentos. O país sem a orientação espiritual dos seus Lamas entrou no descalabro, com o qual demonstrava a necessidade indubitável de uma base cultural e espiritual que nutrisse as necessidades do povo. E na altura não havia qualquer alternativa ao Bön.
Só os reis Songtsen Gampo e Trisong Detsen, conseguiriam finalmente abolir a supremacia dos Lamas Bön, ao adoptarem a cultura Budista proveniente da Índia e da China; esta tradição conseguiria finalmente substituir a via do Bön.


Perseguições à Tradição Bön
Seria o Rei Songtsen Gampo o promotor do Budismo indo-tibetano, apesar de só no reinado de Trisong Detsen, de 742 a 797 d.C., um século depois, é que o Budismo indiano seria oficialmente a religião do estado.


Ao preparar as bases para uma nova e independente cultura, o Rei Trisong Detsen, preparou uma armadilha ao Rei Ligmincha, o ultimo monarca de Zhang Zhung, e mandou-o assassinar, anexando assim este Reino ao Tibete.


Ao “engolir” o Reino de Zhang Zhung, o Tibete, ascende rapidamente a império e torna-se num curto espaço de tempo um dos mais poderosos países da Ásia.


Com a chegada do Budismo da Índia e depois do estabelecimento do primeiro mosteiro Budista, Samye, em 779 d.c., a Tradição Bön decaiu. E apesar de inicialmente, Trisong Detsen, não pretender eliminar a prática do Bön e inclusive patrocinar a tradução de textos Bön, viria depois a instigar uma dura repressão a esta tradição.


Todavia o grande Mestre e Sábio Dranpa Namkha, muito ligado ao Guru Padmasambhava, adoptaria a nova religião publicamente, mas manteria em privado a sua prática Bön com o fito de o preservar. O próprio Grande Vairochana, sábio budista e discípulo de Padmasambhava, bem como muitos outros Lotsawas, tradutores dos textos Budistas da Índia e de Uddiyana, participaram na tradução de textos Bön do idioma de Drusha para tibetano. E para salva-los da destruição, muitos textos Bön foram escondidos como tërma, tesouros espirituais, neste caso, compostos de textos que são escondidos com o intento de resguarda-los até que surja uma época propícia para o seu redescobrimento e nova difusão.


O Bön viria a sofrer, nos séculos IX e X d.C., outras perseguições e tentativas de extermínio. Mas, mais uma vez, os Bönpo foram hábeis em preservar as Escrituras até ao século XI, quando ocorreria um renascimento desta Tradição. Isto deveu-se muito em especial à redescoberta de vários textos importantes por parte de Shenchen Luga, um descendente do próprio Buda Tönpa Shenrab. Shenchen Luga da família Shen que descende de Kongtsha Wangden, um dos filhos de Tönpa Shenrab. Os descendentes desta importante família Bönpo ainda vivem no Tibete.
Shenchen Luga viria a ter muitos discípulos os quais fundariam os primeiros mosteiros Bön no Tibete. E a três dos seus discípulos incumbiria a preservação de três diferentes Linhagens Bön.

A Druchen Namkha Yungdrung, do clã Dru, destinou os estudos da cosmologia e metafísica. Sendo um dos seus discípulos o fundador do mosteiro Yeru Wenshaka. A família Dru patrocinou esta Linhagem Bön até ao século XIX, aquando da extinção desta linha.


A Zhuye Legpo foi entregue a responsabilidade de preservar e propagar os Ensinamentos Dzogchen. Este mestre foi o fundador do mosteiro Kyikhar Rizhing. Sendo que actualmente os seus descendentes vivem na Índia.


E por fim, a Paton Palchog foi confiada a preservação dos Ensinamentos Tântricos. Os membros da sua família vivem na província do Kham no Tibete.


Em 1727, quando o Tibete foi invadido pelos Dzungares, a prática do Bön foi novamente interditada. Neste período muitos Lamas, Bönpos e Nyingmapas, foram executados.


Todavia, no século XIX, o Bön seria revitalizado e valorizado graças ao Mestre Shardza Tashi Gyaltsen, que era um praticante consumado e um erudito de gabarito que compilaria importantes escritos num total de dezoito volumes; o seu discípulo Kagya Khyungtrul Jigmey Namkha preparou muitos outros, não só da Tradição do Bön Budismo, bem como de todas as áreas da sabedoria tibetana.

Yungdrung Bön: Os Ensinamentos de Tönpa Shenrab Miwoche


Os Ensinamentos Bön concedidos por Tönpa Shenrab Miwoche são apresentados em três das histórias escritas sobre a sua vida e assumem diferentes formas e classificações. Tönpa Shenrab expôs o Bön em três ciclos sucessivos de Ensinamentos: primeiro expôs Os Nove Veículos do Bön, continuado com Quatro Portais do Bön, o Tesouro Único e finalmente revelou as Preceitos Externos, Internos e Secretos.

Os Nove Veículos do Bön

Este é o ciclo inicial dos Ensinamentos de Tönpa Shenrab, que por sua vez se divide em três Tesouros: Os Tesouros do Norte, Os Tesouros do Sul e O Tesouro Central. Estes Ensinamentos foram ocultos como Tërma durante as primeiras perseguições do Bön e redescobertos no tempo apropriado em locais do norte, sul e centro do Tibete, de donde advêm o nome dos respectivos tesouros.

Nos Tesouros do Sul, Os Nove Veículos do Bön encontram-se divididos em os Quatro Veículos Causais, que contêm historias, hagiografias, rituais e práticas principalmente relacionadas com funções energéticas curativas e de prosperidade. Os Cinco Veículos do Fruto, ou superiores, cujo propósito é libertar o praticante de transmigração cíclica, tendo como veículo último o Dzogchen.
Os Nove Veículos do Bön nos Tesouros do Norte não se conhecem plenamente; e no Zang Zang Ma, dividem-se em três grupos: Os Tesouros Externos, Internos e Secretos.


Os Nove Veículos do Bön, nos Tesouros Centrais, são similares aos Nove Veículos da Escola Nyingma do Budismo. São na realidade o Ciclo de Ensinamentos Gyagarma, que chegam ao Tibete via Índia e que foram traduzidos pelo Venerável Vairochana, que livre de qualquer sectarismo, trabalhou como tradutor de ambas as Tradições espirituais, a Budista e a Bön.


Classificação dos Nove Veículos do Bön segundo os Tesouros do Sul:


1º O Veículo da Prática Shen de Predição. Os métodos integrantes são a adivinhação, ou Mo, os cálculos astrológicos e de geomância, ou rtsis, os rituais, ou gto, o diagnóstico médico, ou dpyad e as terapias, ou sman.

2º O Veículo Shen do Mundo Manifesto. Este veículo contém rituais para lidar com aspectos fenoménicos relacionados com os “deuses” [lha] o com “demónios” ['dre].

3º O Veículo Shen do Poder Mágico, que contém rituais mágicos para assegurar o apoio da natureza.

4º O Veículo Shen da Existência. Este veículo ocupa-se principalmente de ritos fúnebres e da consagração propiciatória.


5º O Veículo dos Praticantes Laicos Virtuosos, que especifica as regras morais e éticas dos praticantes laicos.


6º O Veículo dos Sábios Ascéticos, especifica as regras ascéticas estritas e disciplinarias para aqueles que são ordenados monges.


7º O Veículo do A Branco. Que aborda a prática Tântrica de transformação no Yidam e as práticas referentes ao Mandala.


8º O Veículo do Shen Primordial, que se ocupa das práticas tântricas esotéricas.


9º O Veículo Supremo, que descreve a Base do Nirvana e do Samsara, o Caminho que é a mente no seu estado natural primordial, o Fruto a iluminação e as realizações supremas; ou seja o Ensinamento Dzogchen.

Os Quatro Portais do Bön e o Tesouro Único

Este é o segundo ciclo de Ensinamentos de Tönpa Shenrab e que se divide em cinco partes:

1º O Bön da Agua Branca dos Mantras Iracundos - práticas esotéricas, tântricas e conjurações.

2º O Bön da Agua Negra dos Tantras da Existência – ensina vários rituais de purificação (mágicos, vaticínios, divinatórios, funerários, resgates, etc).

3º O Bön dos Cem Mil Versos do Sutra da Terra de Phan - regras da disciplina monástica e para os laicos (inclui explicações filosóficas).

4º O Bön Guia Oral e as Instruções Secretas dos Sábios Mestres – práticas espirituais como a meditação Dzogchen.

5º O Bön do Tesouro Altíssimo e que Abarca Tudo - O Tesouro Único que compreende os aspectos essenciais do conjunto de dos Quatro Portais.


Preceitos do Bön

Este é o ciclo final dos Ensinamentos de Tönpa Shenrab e que se divide em Preceitos Externos, Internos e Secretos.

1. Os Preceitos Externos representam o caminho da renúncia [spong lam]. Ensinamentos do Sutra.

2. Os Preceitos Internos representam o caminho da transformação [sgyur lam]. Ensinamentos Tântricos.

3. Os Preceitos Secretos são o caminho da auto-libertaçao, ou libertação espontânea [grol lam]. Os Ensinamentos Dzogchen.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Introdução ao Yungdrung Bön


«O Bön é a mais antiga tradição espiritual do Tibete e a fonte indígena da cultura tibetana, tendo desempenhado um papel significativo no moldar da identidade única do Tibete.»
O Dalai Lama
Na foto ao lado, Sua Santidade o Dalai Lama. realiza ritual da Tradição Bön e enverga as insignias correspondentes. Nomeadamente o chapéu e o cetro Yungdrung.

Segundo a tradição, há aproximadamente 18.000 anos, em Olmo Lungring, uma região do médio oriente, cuja a actual localização exacta está envolta em controvérsia entre os eruditos, nasceu o Venerável Tönpa Shenrab Miwoche, o fundador dos Ensinamentos do Yungdrung Bön, em Português, Bön Eterno; também conhecido por Bön Budismo. Desde então estes Ensinamentos têm sido para os bönpo, ou praticantes, a sua religião, a fonte inesgotável de conhecimentos e da experiência, a ferramenta essencial que permite compreender a vida e conduzir-se nesta e o caminho para a iluminação.

Como fonte originária da cultura tibetana, o Yungdrung Bön, desempenhou um papel fulcral na formação da identidade singular desta região do mundo.


Presentemente o Yungdrung Bön é considerado a quinta e a mais antiga das tradições budistas do Tibete. Tendo por características uma iconografia diferente e uma rica tradição xamânica, além de possuir Ensinamentos completos do Sutra, Tantra e Dzogchen.


Ao longo da história da religião no Tibete, a palavra «Bön» foi usada para designar diferentes vertentes espirituais e esteve sujeita a diferentes etapas e desenvolvimentos; Para aclarar o uso correcto deste termo é necessário mencionar que esta é aplicada em geral referindo-se ao:


- Bön Primitivo. Relacionando-se este com rituais e elementos que correspondem ao antigo xamanismo e animismo do Norte da Ásia. Esta vertente influenciou a cultura tibetana numa época anterior à difusão e desenvolvimento do Yungdrung Bön. Originalmente o Bön consistia numa série de conhecimentos e práticas de ritos alicerçados no principio da interacção do homem com as forças da natureza e do cosmos, invisíveis à percepção comum, que sem duvida têm uma grande influencia e são muito determinantes na existência da humanidade. Os antigos bönpo eram detentores de um enorme conhecimento da dimensão energética do individuo, bem como das energias presentes no universo, personificadas, ou domíndas, por uma miríade de poderosos seres, capacitados igualmente a beneficiar ou prejudicar os humanos.


- Yungdrung Bön, Bön Eterno ou Bön Budismo. Esta é a tradição de iluminação tibetana que possui Linhagens Ininterruptas de Ensinamentos que datam de aproximadamente 18.000 anos. Todos os Ensinamentos destas Linhagens provêm do seu fundador, o Buda Tönpa Shenrab Miwoche, que os expôs constituindo um caminho espiritual completo até ao estado de Buda. Estes Ensinamentos foram por ele ensinados primeiramente em Olmo Lungring, que era parte de um país chamado Tazig, que alguns estudiosos crêem ser na antigas Pérsia. Sendo esta tradição mais tarde difundida em Zhang Zhung, actual Tibete Ocidental, e só posteriormente chegaria ao Tibete, aonde floresceu e foi preservada até à actualidade.


- Novo Bön. Este é o resultado da fusão entre o Yungdrung Bön e o Ensinamento Budista proveniente da Índia, muito em especial com os da Escola Nyingma. Tendo surgido no século XV.
Tanto o Yungdrung Bön como o Novo Bön são trilhos espirituais que guiam o praticante pelo caminho da iluminação através das suas práticas rituais e contemplativas.


Convêm ainda mencionar que na língua tibetana não existe a palavra «Budismo», assim a palavra «Bön» significa para os Bönpos a verdade, ou Dharma, o Ensinamento que guia à iluminação; do mesmo modo que para os praticantes das outras escolas tibetanas a palavra «Chö» refere-se à mesma verdade. Desta feita, o Dharma, que conhecemos como Budismo no Ocidente, para os Bönpo é o Bön e para os Budistas das outras escolas é o Chö e para os ocidentais é o Dharma ou Budismo.


Esta Tradição é considerada Budismo no sentido em que é também o Ensinamento dos Budas, ou Iluminados, expondo a mesma verdade, ou Dharma; possuindo apenas uma Linhagem diferente das Escolas Budista da Índia que têm origem no Buda Shakyamuni enquanto o Yungdrung Bön tem origem no Buda Tönpa Shenrab Miwoche.


Uma mesma verdade, duas Linhagens diferentes. Inclusive muitos dos famosos Mestres do Movimento Rime eram estudiosos e praticantes de Ensinamentos Bön; nomeadamente Jamgön Kongtrul Rinpoché, que adoptava também o nome bönpo de Yungdrung Lingpa e incluiu no famoso Rinchen Terdzo, A Preciosa Colecção de Tesouros, Tërmas pertencentes ao Bön; Sendo que a transmissão do Rinchen Tërdzo é amplamente recebida por praticantes Nyingma e Kagyu.
Etimologicamente uma das derivações da palavra Bön advém do verbo «bon pa» que significa «recitar formulas mágicas», devido ao recitar de mantras, sílabas e sons que tinham a capacidade de influenciar dimensões de energia; tal como equivalentemente a palavra «ngak pa» utilizada na tradição Tântrica de todas as Escolas do Budismo Tibetano.